terça-feira, 26 de maio de 2009

Edita imagens no Infarview




Não conhecia este programa de edição de imagens, até me deparar com o curso Jornalismo 2.0 da Knight Center. Posso dizer que se trata de um bom programa para quem busca uma edição rápida, sem maiores complicações, um bom programa até mesmo para quem é profissional na área. No meu caso, que não sou e que sou fotógrafo apenas como necessidade dos novos tempos de jornalismo multimídia, aproveitei para instalar o programa (que é gratuito) e para editar duas de minhas imagens sobre aspectos arquitetônicos da minha cidade, que começam a receber a poluição de letreiros de lojas que estão ocupando estes espaços. Como não há uma política de incentivo ao patrimônio, muitos destes imóveis estão mal-conservados. No Infarview, tive a oportunidade de melhorar a minha foto, dando um tratamento melhor, sobretudo na tonalidade e na valorização das cores, a partir da ferramenta "color corrections". Nas ferramentas sugeridas para a atividade (o resize), reduzi o tamanho da foto, que tinha 1,3 megabytes para pouco mais de 50k, um tamanho que considerei bom para adicioná-las à internet. A ferramenta de corte possbilitou que eu pudesse fazer uma pequena edição nas imagens, retirando o que considerei desnecessária na foto. No geral, não encontrei qualquer dificuldade, visto que o software é simples, de fácil manuseio e ideal para quem quer seguir na prática de edição de imagens.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Análise comparativa de resultados em sites de busca sobre “cura para o stress”

Nos sites de busca, quando o tema proposto é "a cura do stress" percebe-se, no cinco primeiros resultados analisados, que o Google apresenta uma maior diversidade de opções tanto para cura para o stress, quando para temas que tem relação de alguma forma. Não apenas sobre o campo da saúde, mas aparece resultados como uma página de turismo, onde Dubai seria uma cidade ideal para "a cura do stress". Ou até mesmo um blog em que apresenta um texto em tom melancólico de um "estressado". Para quem estiver interessado no assunto, o Google possibilitou a maior diversidade possível acerca do tema.
O Yahoo, por sua vez, apresentou resultados sobre o stress enquanto um problema de caráter médico, como por exemplo: a Cura para o Stress, Stress: Uma doença moderna! , Stress - O mal do século XXI e no site Saúde Vida On Line (O que é o Stress?). Percebe-se que os resultados abordam uma única temática, quando pode acontecer que o usuário busque outras formas de discutir o stress que não apenas sob a ótica médica. O mesmo pode ser dito do site Altavista, que apresentou resultados muito semelhantes ao do Yahoo, exceto com uma diferença: a citação de uma editora de livros ("Sá Editora - O livro para o prazer da leitura").
O resultado é bastante semelhante no buscador do MSN, com dois resultados que destoam do tema: A CURA DA ACNE EM 24 H e O Abraço cura.
O Radaruol foi direto ao assunto que lhe interessa, que é o comercial. Os primeiros resultados da busca se limitam a questões que envolve anunciantes, publicidade, algo que pode não interessar quem está pesquisando sobre o tema. Os resultados tratavam de: Acabe Com o Seu Estresse Reduza as Químicas Cerebrais Prejudiciais que Causam Estresse. www.Mente-Quantica.com GABA 750 mg 100 caps, Neurotransmissor inibitório. Indispensável contra o stress. www.Super-Smart.eu Curves, Academia Feminina Combata o Stress Exercitando Corpo e Alma! Experimente 7 Dias Grátis. www.curves.com.br, A psoríase tem cura Centro de cura de psoríase Lisboa- 213630925 - 961013078 www.curamos-psoriase.com.
O Clusty, talvez por ser um buscador em inglês, apresentou maior dificuldade de encontrar resultados relacionados ao tema. Na maioria, nada tinha a ver com "a cura do stress", como estes exemplos: "Cura" é uma palavra com muito poder... Ou mesmo: Existem tratamentos para o VIH/ HIV e a SIDA/AIDS? Sim, existem vários tipos de tratamentos para o VIH/SIDA (HIV/AIDS). Ou então: Andorra viagra distintos. O Clusty não conseguiu resolver nenhum problema. E ainda traz no alto da página um indicador de que a grafia do tema poderia estar errada e sugere: "Você quis dizer: curia para o stress". Ao clicar no link, os primeiros resultados referem-se ao Grande Hotel da Curia e a Igreja Católica Romana ou catolicismo.
O Ask lembra o Radaruol e o Clusty juntos. Abre resultados de publicidade, mas nenhum deles lembra o tema proposto. Chega a ser engraçado, como nestes exemplos: Cura para la colitis - Healthcare.com, Stress Relievers, Biodots stress cards, stress chips. E uma página em português: Problemas Sexo/O Stress?. Estas mesmas páginas aparecem como resultados no www.dogpile.com.

Agregadores: Feedreader 3.14 e o Google Reader

Nunca antes tinha passado por uma experiência realmente prática de utilização dos agregadores. Percebia o ícone RSS nas páginas, mas nunca antes me interessei em saber exatamente do que se tratava. Li a respeito do assunto, entendia a sua finalidade até que resolvi utilizar este serviço a partir do Google Reader, que estou usando há dois meses. Trata-se de um agregador recheado de vantagens, a principal delas é por conta de ser uma página do Google, acessada por uma senha e um login. Assim, o usuário não precisa baixar um programa semelhante em seu computador, mas terá acesso aos feeds em qualquer máquina onde ele estiver.
É dinâmico, pode ser compartilhado com amigos e dá um resumo das minhas atualizações preferidas. Mas, nem tudo é perfeito: o Google Reader precisa que o usuário constantemente atualize o site a fim de conhecer se algum post novo foi incluído nas páginas adicionadas. No começo, é interessante, depois passa a ser um incômodo. Um ponto positivo é a página inicial, que dá um resumo das atualizações mais recentes, um apanhado que lembra um clipping. Antes de conhecer o Google Reader, precisava manter ao menos sete páginas do Internet Explorer abertas a fim de acompanhar os jornais on line. O agregador conseguiu unificar tudo e agilizou muito o processo de acompanhamento das notícias.
Mesmo assim, baixei o Feedreader 3.14, uma ferramenta que funciona como o Googler Reader, com a diferença que precisa ser instalado na máquina do usuário. Ou seja, ele tem um agregador moderno, mas não pode contar com ele em qualquer lugar. Por isso, nesta análise considero que cada um oferece vantagens e desvantagens e que, no final das contas, é importante manter os dois, como uma espécie de programa de e-mail (quando se tem um email através do Outlook e outro através de acesso em página da internet, por exemplo).
O principal atributo do Feedreader é a agilidade que o Google Reader não oferece. É possível tomar conhecimento de todas as atualizações através de um sinal sonoro e de uma janela que se abre no canto direito da tela. Esta janela traz os títulos dos posts adicionados que, clicados neles, vão direto para a página do RSS, onde a informação é apresentada a partir de um resumo. Como o resumo é padrão, independente do agregador, o Feedreader e o Google são muito parecidos.
Mas, o primeiro tem uma outra vantagem sobre o segundo: é possível visualizar o site de origem da post na própria ferramenta do agregador. No Google Reader, uma outra janela se abre para que o site seja visto no browser. No Feed, o acesso é rápido e ajuda o usuário e ir direto onde quer, sem precisar abrir uma nova janela de internet.
Para o exercício de meu trabalho na redação, o Feedreader mostra-se eficiente, pois é possível tomar conhecimento da atualização de forma instantânea e assim encaminhar possíveis pautas ou discussões acerca de um tema para outros companheiros do jornal. No Google Reader, é preciso ficar sempre atualizando a partir de um botão na página ou utilizando a tecla F5. Como nem sempre isso é feito com constância, às vezes, perde-se um tempo preciso ao tomar conhecimento atrasado de uma informação.

domingo, 10 de maio de 2009

Web 1.0 vs Web 2.0 – Uma mudança de comportamento

Os teóricos da comunicação têm atribuído datas diferentes de origem da internet, embora estejam de acordo quanto ao seu objetivo inicial. Pollyana Ferrari cita em seu livro "Jornalismo Digital" que a internet foi concebida em 1969. Já Antônio Costella, por sua vez, afirma que a internet começou a surgir no final da década de 1950. Embora os dois autores diferenciem em seus estudos quanto à época de surgimento da rede, ambos concordam quanto a sua finalidade nesse período. A Internet servia de instrumento para o Departamento de Defesa norte-americano nas pesquisa de informações do serviço militar em meio aos tempos de Guerra Fria.
Depois de vários testes entre regiões distantes dos Estados Unidos, em 1975, a Agência de Comunicação e Defesa ganhou o controle da Arpanet, rede nacional de computadores que servia de comunicação emergencial caso os Estados Unidos fossem atacados por outro país. Assim, a troca de dados teve um crescimento considerável, chegando a novos usuários, principalmente os pesquisadores universitários com trabalhos na área de segurança e defesa.
No final da década de 1980, muitos computadores já estavam interligados em todo o mundo, abrangendo o alcance da rede em cerca de 80 países, inclusive o Brasil, que deu início a difusão da internet em seu território no ano de1990 por meio da Rede Nacional de Pesquisas. Nesta época, os consumidores em potencial dessa novidade eram preferencialmente as instituições de ensino ou educacionais.
A expansão dos usuários da internet no planeta foi inevitável frente as facilidades que ela oferecia aos consumidores. Para se ter uma ideia de como o serviço foi aceito pela população mundial, o número de computadores conectados entre si subiu de 1,7 milhões de em 1993 para 20 milhões quatro anos depois. Em 1996 já eram 56 milhões de usuários em todo o mundo, a maioria ainda concentrado nos Estados Unidos, local de origem da internet.
A chamada Web 1.0 está configurada aí, quando a rede passou a ser utilizada como negócio para as empresas, onde os serviços de mensagens instantâneas e os e-mails eram uma grande novidade e isso significava agilidade e barateamento dos custos. Como o serviço de Web era caro, poucas pessoas tinham acesso à internet, o que a tornou numa rede onde o conteúdo era produzido por especialistas, atualizado por especialistas e alguns outros internautas tinham acesso na rede.
Eu lembro bem quando a internet chegou em Mossoró, através das linhas discadas em 1996, e como trabalhava num jornal, nós na redação não sabíamos ao certo qual seria a sua finalidade. No início, a web era utlizada por nós apenas para transmissão de dados e acesso a algumas páginas de empresas como o Zaz (hoje o Terra) e o Uol. Até mesmo o conteúdo destes sites era experimental. Os jornais começaram a explorar a rede, reproduzindo a versão impressa, de forma integral, para o computador. Acreditava que teria uma maior abrangência, mesmo ciente de que em Mossoró (RN), onde eu moro, o número de computadores ligados na rede eram muito pouco – não chegando a 500.
Essa primeira fase da internet foi formatada a partir de um compartilhamento de conteúdo limitado, em que corporações buscavam manter negócios na rede, criando a famosa "bolha das empresas pontocom", que estourou poucos anos depois.
A Web 2.0 é uma mudança de comportamento. Em meio à revolução digital, onde a internet surge não como uma mídia, mas como uma plataforma que alterou todos os segmentos sociais e práticas do cotidiano, a rede passou a ser tão comum quanto ligar a TV ou rádio. O grande número de usuários (cerca de 1 bilhão no mundo inteiro) também alterou a rede. Hoje, esses usuários são produtores de conteúdo, compartilham material e não são mais meros passivos diante das estratégias corporativas da Web 1.0. O fator de democratização da rede foi o contribuinte principal para o estabelecimento deste novo modelo de Web.
Os blogs, Flickr, Orkut, Youtube e Twitter colocaram qualquer pessoa no ciberespaço, emitindo opiniões, questionando, divulgando material, interagindo com outras pessoas, encurtando caminhos, a qualquer hora ou lugar. A Web 2.0 são todas estas pessoas. A Web 2.0 mexeu com setores como a música, o cinema, a TV, os jornais... Este novo consumidor não quer se sentir obrigado a sentar na frente da TV naquele horário predeterminado para ver o seu programa favorito. Ele é quem decide o horário para assisti-lo. Ele também não quer receber as notícias do jornal no papel destacando informações do dia anterior. Ele quer a notícia na hora do acontecimento, em tempo real, comentada, com fotos, vídeo e áudio. E esse novo comportamento está afetando diretamente estes mercados, que já precisam perceber a internet, a Web 2.0, como solução para seus negócios.
Portanto, estamos no olho do furacão, como disse o professor Rosental Calmon Alves em sua palestra em São Paulo no Congresso Nacional de Jornais, no ano passado, e os novos consumidores da rede são também produtores. Uma relação nunca antes vista e que sequer os especialistas da Web 1.0 poderiam prever.