segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
PALAVRAS QUE RESUMEM
terça-feira, 2 de novembro de 2010
O TECNODETERMINISMO PREGNANTE
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
CONEXÃO DAS TICS E OS SETE PROCESSOS DE MIÈGE
PENSAMENTO DE MIÈGE: COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA

quarta-feira, 27 de outubro de 2010
EMISSÃO, RECEPÇÃO E UM TERCEIRO SISTEMA


terça-feira, 26 de outubro de 2010
MATERIALISMO CULTURAL

domingo, 24 de outubro de 2010
MÍDIA E CONSUMO: VOCÊ É O QUE CONSOME
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
INTRODUÇÃO A DOUGLAS KELLNER

No artigo de Alexandre Busko Valim, Kellner fundamenta seu trabalho na vertente de outros integrantes dos Estudos Culturais, como Raymond Williams, Richard Johnson e Stuart Hall, produzidos entre as décadas de 1950 e 1960. São estudos que fazem crítica a transformação de bens culturais em mercadoria, padronização e massificação, mas que apoia no princípio hegemônico e contra-hegemônico de Gramsci, além de estabelecer ênfase às matrizes culturais e à recepção.
Kellner busca o equilíbrio nas relações hegemônicas de produção e difusão de "textos culturais", fundamento no conceito de Stuart Hall de "articulação", que visa exatamente encontrar um meio termo entre dominador e dominado, enfrentando assim a teoria da manipulação (que vê um domínio dos meios e da cultura na sociedade ) e a teoria populista da resistência (que vê formas dos indivíduos de resistirem a este domínio).

O autor deixa bem evidente sua crítica à ideologia marxista, como exposto neste blog, de que não há meios capazes de agir contra a influência hegemônica. Deixa claro também a inserção de seu pensamento na Teoria das Mediações Culturais, ao observar comportamento sexuais, de etnias, raças e de grupos na produção midiática (exemplo dos filmes de Spike Lee e dos rap). Valim acrescenta que as ligações de Kellner aos Estudos Culturais passam também pela teoria pós-moderna, que elucida "certas características novas e mais evidentes de nossa cultura e de nossa sociedade". Esta combinação de teorias modernas com aspectos teóricos pós-modernos vem a tornar-se, para Kellner, "o instrumental mais útil para se fazer teoria social e crítica cultural na atualidade."
Kellner estabelece parâmetros ao distinguir identidades sob a perspectiva moderna e pós-moderna. E leva a observação sobre perfis de identidade consideradas superficiais frente à concepções da identidade moderna. A série Miami Vice é exemplificada como meio que expõe a superficialidade da identidade construída a partir de escolha, a partir da aparência, imagem e consumo. Cita, do mesmo modo, o exemplo de Madonna. São dois modelos de identidades pós-modernas, construídas por imagens e pelo consumo, o que, assim, manifesta-se instável, mais sujeitas às mudanças do que as identidades modernas. Como no artigo de Valim, há ainda mais incertezas que certeza quando um tema é levado sob a concepção da teoria da pós-modernidade.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
SOCIEDADE DE MASSA
terça-feira, 12 de outubro de 2010
TECNOCULTURA E IMPERIALISMO
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
METÁFORA DO QUARTO BIOS: “SHOW DE TRUMAN”
O quarto bios, apontado por Sodré, é exemplificado por ele mesmo no filme O Show de Truman, onde o personagem principal vê sua vida ser “compartilhada” ao mundo inteiro, em tempo real, como numa novela, através de câmeras onipresentes, controladas por técnicos e diretor de programação. No quarto bios, para Sodré, esta metáfora sinaliza para um controle social a partir das tecnologias também. Vamos ver um trecho do filme.
Sodré dá outro exemplo, além de Show de Truman, O 12o andar e A Cidade das Sombras, do quarto bios, a sociedade midiatizada a partir das tecnologias digitais. Este exemplo é realmente importante: o filme Matrix. O autor mostra que “não se trata mais de um espetáculo para a indústria cultural, nem de mídia tradicional (a televisão), mas de “realidade virtual” produzida por computação. Diferentemente do Show de Truman, aqui já se joga com a hesitação coletiva na determinação do que é original (substância) ou simulado (linguagem, discurso, informação numérica) em matéria de vida” (p.26)
QUARTO BIOS E MIDIATIZAÇÃO
BIOS VIRTUAL DE MUNIZ SODRÉ

O aspecto da mudança na comunicação nas últimas duas décadas, sobremodo na passagem do século, tem caracterizado o primeiro capítulo do livro do professor Muniz Sodré (“Antropológica do Espelho” - foto ao lado). Especialmente, neste período, a informação recebe uma variedade de formas (sons, imagens, dígitos) e transformam-se em produtos num mundo globalizado (para não dizer, moldado pelo neoliberalismo). O cenário leva o nome de “sociedade da informação” e, com o advento da internet, esta sociedade se dinamizou.
A internet insere-se no campo tecnológico que levou muitos a tratá-la como a grande invenção da virada do século, compadada à imprensa, aos tipos móveis de Gutenberg. A mudança comportamental em pessoas e instituições provocadas pela rede lembra uma “revolução”, a “Revolução da Informação” – como um segundo momento, após a Revolução Industrial –, que Sodré não concorda. muito: “As transformações tecnológicas da informação mostram-se francamente conservadoras das velhas estruturas do poder, embora possam aqui e ali agilizar o que, dentro dos parâmetros liberais, se chamaria “democratização” (p. 13).
Muniz acredita que o melhor termo seria “mutação tecnológica”, por “não se tratar de uma descoberta linearmente inovadora e sim, de inovação tecnológica do avanço científico”. O livro de Sodré é muito claro, com uma linguagem clara, objetiva que orienta e ao mesmo tempo contextualiza neste tempos de comunicação em rede. O autor, ainda tratando do assunto da revolução, lembra que a Revolução Industrial aproximava-se muito com a Revolução da Informação, quanto à maturação tecnológica. Cita, no entanto, que o forte da revolução industrial, que afetou costumes, a vida social, política e econômica, foi a invenção da ferrovia, na “mobilidade espacial”. Assemelha-se com a virtual, com a distribução de bens e da “ilusão da ubiquidade humana”. (p.14)
A semelhança não está tão somente no aspecto logísitico da informação (visto que passa a ser também um fator preponderante na sociedade da informação), uma infra-estrutura para a condução informacional, chamada por Sodré de “infovias”, mas um reordenamento mercadológico no mundo inteiro. A unificação da sociedade em rede transformou a vida do homem em suas relações sociais de trabalho, mas também o coloca em total vigilância, num “gigantesco dispositivo de espionagem global”.
É compreensível avaliar o pensamento de Sodré partindo do princípio do que ele chamou a nova mídia de um novo “bios”, não uma vida encarnada, mas atrelada ao conceito aristotélico de “conhecimento, prazer e política”. Muniz estabelece o quarto bios, o midiático, a vida como espectro, a virtualidade. “É real, tudo que se passa ali é real, mas não da mesma ordem da realidade das coisas.”, comentou o autor, em reportagem da revista da Fapesp.
Como a mídia é espectro, uma representação, sua realidade não é palpável, mas essencialmente discursivo. O pensamento de Sodré caminha sob a perspectiva de uma vida espectral, onde a cada dia tudo é mais visual, e, portanto, uma nova realidade, “um outro bios”. Este novo bios também reconfigura as concepções sobre jornalismo e meios de comunicação. Para Sodré, a TV, por exemplo, não age como um ator social isolado, mas suas manifestações são determinadas por fatores sociais e regionais. Ou seja, mesmo com atuação transnacional, a televisão produz efeitos específicos e regionalizados. “Enfim, no bios virtual, o objeto predomina sobre o sujeito”, afirma, na reportagem.
Baseado na ideia de simulacro, do espectro, Muniz amplia o conceito de mídia, que não baseia-se no princípio puramente do aparato técnico, mas transcende a TV, o rádio, o cinema, a internet, o jornal. Como em processo amplo de mediação (como Silvestone vê na circulação de significados, Barbero nas relações culturais), Sodré sinaliza para a mídia que atua no controle das relações sociais e o controle das novas subjetividades através das tecnologias de informação.
Portanto, vale observar este trecho da reportagem da revista da Fapesp:
“A partir de uma realidade sistêmica que foi ponto de partida e ponto de chegada das análises de Habermas, nasce essa verdadeira forma de vida que é o bios virtual. A ponta desse iceberg é o bios midiático, espécie de comunidade afetiva, de caráter técnico e mercadológico, onde impulsos digitais e imagens se convertem em prática social. É esse o objeto dessa nova ciência social chamada comunicação para Sodré.”
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
CRÍTICA AO MIDIACENTRISMO
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
O PRINCÍPIO DA HEGEMONIA

terça-feira, 28 de setembro de 2010
OS ESTUDOS CULTURAIS CRÍTICOS

segunda-feira, 27 de setembro de 2010
ILUSTRADOS E ROMÂNTICOS

quinta-feira, 23 de setembro de 2010
MEDIAÇÃO
Relação mídia e experiência
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
